1 de fevereiro de 2009

Memória da alma



Vejo-te na alma.
Sinto saudade de chamar por ti.
Na memória há uma perfeição perene e nua.
Os cabelos doirados soltos ao vento,
Os olhos de cor lunar.

Sinto um aperto no ar que respiro,
Tento agarrar os vultos, as sombras, o tempo,
E nada me deixa trazer a lembrança.
O coração grita a dor da partida.

Sento-me no chão do quarto gélido,
Já nada resta do menino de meus olhos.
Só tenho os sons, o olhar, a memória do sentir,
E a alma não se cansa o lembrar.



By Ana Pereira
In "De facto - 2008", A revista da escola.


Um comentário:

Anônimo disse...

Esta foto está muito fixe...

As outras também estão, mas esta tem um impacto especial.... Ainda por cima para mim, que ainda há bem pouco tempo descobri as caixinhas de música que tinha aqui em casa de quando era pequenino =)

António