3 de fevereiro de 2009

Sol e Lua



Olho a minha volta. Tento perceber o que se passa.
Ergo a cabeça para sentir a brisa, para sentir o céu. Miro-o à procura de algo e à procura de tudo. De um lado o Sol brilha iluminando a alma. Do outro, a Lua banhada de sonho, pinta o céu da noite, guiando os amantes e trovadores.
Pergunto-me qual será mais verídico. O astro que nos dá cor aos dias, ou o planeta que, aproveitando-se de estrelas, finge ser o que não é?
O Sol, lâmpada do mundo, todos os dias alegra o que nos envolve. Dá-nos a vida, o riso, a cor.Com ele caminhámos na segurança. Com ele brincamos, tendo o todo à nossa vista. Com ele, tudo parece mais real e fantasiado. Mas quem será este Sol? Não o vemos, não o sabemos. Esconde-se por entre luzes. Por entre vermelhos, laranjas, amarelos. E não se deixa tocar. Não se deixa fitar. É alguém que anima e diverte o mundo. Alguém que dá vida as coisas. Alguém que se passa por belo, mas teme em se mostrar.
À noite, ela sobe nos céus para ser vista. Voa em passadas largas, mostrando os caminhos aos enamorados, aos poetas, aos sonhadores. Baila sobre o mundo. Baila as suas cantigas de amor. Branca e cristalina, ela se mostra. É pura, algo belo de se ver. Ensina-nos o que é amar. Finge ser estrela, finge ser um sol de uma noite. Mas nada teme ao ser admirada. É o lado romântico, é o lado lírico, é a fuga dos sonhos. É o esboço de uma felicidade perene. Acolhe-nos nos seus braços, acariciando-nos a face, num gesto de amor eterno.
Também ele tem 2 lados. Também ele é Sol, mas, no profundo do seu ser, é a mais bela das Luas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns! Está muito bom!

Escreves com sentimento e inteligência!

Bj