26 de julho de 2009

Não és meu, não me pertences.





Nos murmúrios da noite tento descobrir o porquê de te procurar,
O porquê de não te encontrar.

Brame em mim a força que à loucura me leva.
Vibra em todas as partículas de meu corpo…
Regressa o ciúme, a dor, os sonhos inacabados.
Mas não és meu, não me pertences.

Emaranhas-te no seu toque,
Vives o seu perfume.
Sei-o, sinto-o.
E não és meu, não me pertences.

Nasce na sombra do meu ser
A imagem de tudo o que mais temo.
Entregaste aos seus braços.
Ofertas-lhe a tua alma.
E não és meu, não me pertences

Afastas-te de mim em largas passadas,
Perenes de indiferença.
Corro, berro, chamo-te.
Não voltas…
Não és meu, não me pertences.

Arde em mim o desejo de desaparecer
De me perder pela infinidade do universo…
E ecoa na minha alma a eterna verdade:
Não és meu, não me pertences.