14 de janeiro de 2009

A escrita.



As palavras fluíam consoante a tinta da caneta
E ai se abria mais uma janela da alma.


Os borrões iam preenchendo a saudade
As pequenas letras agrupavam-se em episódios de uma vida
Gritando para esconder o branco da ignorância
Somente as linhas explicavam o que era a dor de uma ida.

O corrector escondia os traços
Os erros eram esquecidos
Relembrando os longos amores perdidos,
Com as orações se iam establecendo laços.

Pinto o menino de cabelos doirados
Na letra perfeitamente definida
Faço da caneta minha amante
E sigo com ela os rumos de minha vida.

Um preto que mancha a realidade quase sórdida
Um mundo que se abate e logo se mágnifica
E isto não passa de um pedaço de folha
E de escrever babuseiras, por aqui a tinta se fica.


As palavras deixam de nascer
Mas a alma ainda brilha.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adoro a foto.. o poema !

és lindona!