As palavras fluíam consoante a tinta da caneta
E ai se abria mais uma janela da alma.
Os borrões iam preenchendo a saudade
As pequenas letras agrupavam-se em episódios de uma vida
Gritando para esconder o branco da ignorância
Somente as linhas explicavam o que era a dor de uma ida.
O corrector escondia os traços
Os erros eram esquecidos
Relembrando os longos amores perdidos,
Com as orações se iam establecendo laços.
Pinto o menino de cabelos doirados
Na letra perfeitamente definida
Faço da caneta minha amante
Faço da caneta minha amante
E sigo com ela os rumos de minha vida.
Um preto que mancha a realidade quase sórdida
Um mundo que se abate e logo se mágnifica
E isto não passa de um pedaço de folha
E de escrever babuseiras, por aqui a tinta se fica.
As palavras deixam de nascer
Mas a alma ainda brilha.
Um comentário:
Adoro a foto.. o poema !
és lindona!
Postar um comentário